Convidado pelo Diretor Geral da TV Pitaguary e Editor Chefe do Jornal da Rua, Allan Kardec
Marinho, para descrever minha percepção sobre as atividades que acompanhei
presencialmente e por meio das redes sociais em relação as pré-campanhas de Larissa
Camurça, Rafael Marques e Ésio Sousa a prefeitura de Pacatuba.

A princípio minha  intenção é tratar a questão com isenção e imparcialidade. O que não será difícil, haja vista que não nutro qualquer interesse pessoal em relação as três candidaturas citadas, já que moro, voto e trabalho em Maracanaú, e diferentes de algumas supostas lideranças não vou “vender” aos pré-candidatos algo que não tenho. Assim, meu interesse neste caso é tão
somente jornalístico.
Entretanto, ao começar a escrever, devo fazê-lo tendo a compreensão de que por mais
imparcial que eu seja, para o eleitor/leitor/militante das pré-candidaturas analisadas –
dadas as diferenças significativas de volume nos atos de rua, no quantitativo de apoiadores
e o trabalho de marketing e nas redes sociais entre as candidaturas analisadas – será muito
difícil aceitar o conceito de imparcialidade no contexto comparativo, não apenas pela
diferença gritante nas características acima descritas, mas também pelo poder de
comunicação e convencimento dos pré-candidatos quanto a clareza na transmissão das
mensagens passadas aos eleitores e, principalmente na demonstração de força no
quantitativo e no peso político de seus apoiadores.
Esses fatores são cruciais para passar ao eleitorado a percepção de volume e adesões e
isto, faz toda diferença em relação a este ou aquele nome parecer mais ou menos forte
perante o eleitorado. A mensagem enviada sendo recebida com clareza pelo receptor tem
o poder inquestionável de influenciar a percepção dos munícipes e lhes proporcionar a
sensação de que aquele candidato tem a possibilidade real de realizar as mudanças que
os Pacatubanos tanto anseiam. E se tem uma coisa que percebi em dois eventos que
acompanhei presencialmente e nas visitas que fiz, foi que o povo de Pacatuba, clamam por
mudança.
Em relação ao candidato Rafael Marques, este carrega um grande fardo, que é o desgaste
causado pelos últimos acontecimentos envolvendo denúncias e de corrupção e
superfaturamentos, que culminou com a prisão de seu tio e antecessor Carlomano
Marques além de uma parte significativa do secretariado de Pacatuba. Contudo, se
nenhum fato desta natureza voltar acontecer até as eleições e ele continuar no ritmo que
está com a máquina da prefeitura entregando obras e asfaltos, coisa que a muito os
Pacatubanos não viam, certamente ele será um dos nomes com perspectivas reais e ir para
o embate com chance de vitória.
Quanto a candidata Larissa Camurça que tem demonstrado grande aceitabilidade na
cidade vizinha conforme demonstram as pesquisas de que se tem conhecimento e as
movimentações nas redes sociais, e claro tem em seu favor o deputado estadual Firmo
Camurça, que a mais de um ano começou sua caminhada pelas ruas de Pacatuba se
apresentando como o pré-candidato a prefeito que traria a mudança para a cidade. E no
momento certo, recua com seu nome e lança sua esposa e secretária do bem-estar animal
de Maracanaú para prefeita. Se eu tivesse que fazer uma comparação em relação a uma
passagem bíblica desta estratégia do deputado Firmo Camurça, guardadas e respeitadas
as devidas proporções e pedindo perdão por qualquer heresia por mim cometida, eu diria
que Firmo como João Batista fez em relação a Jesus, ou seja, ele foi na frente e preparou
seu caminho para Larissa.
Quanto ao pré-candidato Ésio Sousa, cujas pesquisas apontam-no como desconhecido
dos Pacatubanos, não é de se estranhar este indicativo, haja vista que o empresário no
ramo de saúde e esposo da deputada federal Fernanda Pessoa, sempre atuou nos
bastidores da política, trabalhando alianças e composições partidárias, sendo esta a
primeira vez que se tem notícia de uma ação de linha de frente como pré-candidato, então
é natural que mesmo sendo conhecido por grandes nomes da política partidária e eleitoral
seja um desconhecido para o eleitorado comum. Tanto é assim, que ao perceber essa
reação Ésio Sousa tratou logo de mudar sua estratégia, e mudou seu nome de campanha
para “Ésio do PT” numa tentativa de atrair apoio do eleitorado petista e dos eleitores do
presidente Lula.

Se estratégia o levará a vitória no pleito, dificilmente, mas uma coisa é certa, a partir desta simples mudança e de um upgrade em sua equipe de marketing, tem havido uma melhoria significativa em seu desempenho e nas ruas e nas redes sociais, sentindo-se inclusive uma maior adesão a sua pré-candidatura.