Meu mágico de Oz

Hoje encerrou um ciclo, tenho certeza absoluta disso. Minha fábula se encerra com algumas contestações, possíveis lágrimas e muitas certezas de erros e tolices cometidas.

Nunca foi uma Dorothy Gale, mas consegui conquistar uma, que vem construindo essa nova fase da minha vida já por tempos.

Entretanto transpassei de um a outro personagem diversas vez. Rodopiei no centro de redemoinhos e sai tonto, sem rumo ou qualquer direção por diversas vezes.

E assim fui um espantalho sem cérebro, sendo guiado por desejos, anseios, sonhos e caminhos que não eram os meus. Sempre acreditando que tinha pensado aquele projeto, tinha desenhado aquela planta, tinha imaginado aquele sonho.

Sem cérebro, fui consumido pelos cérebros dos que me controlavam e construindo o que não era meu e nunca seria.

Logo depois vi que não tinha coração e deixei de sentir as emoções, os amores e as paixões pessoais. Passei a vivenciar as paixões alheias, os amores mútuos e a fazer poemas a granel.

Virei um zumbi, sem cérebro e sem coração, apto e pronto para servir a quem pagasse razoável e encantasse com versos com rimas de pé quebrado.

E finalmente, faltava-me a coragem! Mesmo sabendo de tudo não tinha a coragem de romper, sempre em nome de alguém ou algum motivo relevante, ao menos para justificar meu medo de enfrentar a mim.

Assim consumi uns 2 /3 (dois terços) da minha vida até aparecer Dorothy com sua força e determinação de colocar neste invólucro um cérebro, um coração e muita coragem.

Eu sei como termina a fabula, minha história tenho certeza que ainda estar longe do termino, entretanto tenho uma determinação de que o fim será glorioso e arrebatador, como todo história de redenção.

 

 Allan Kardec Marinho, escrito para um novo ano de 2023