Sento-me para escrever…

Mas, o quer é que posso escrever?

De que vale dizer

“pátria minha”…minha gente….meu povo?

Será que posso proteger a minha gente com palavras?

Será que com palavras salvarei o meu povo?

Por acaso não é absolutamente ridículo, sentar-me,

hoje para escrever?

 

Fadwa Tuqan, do livro o Comando e a Terra.

 

Essa poesia inspira-se em um fato real, a morte de um guerrilheiro palestino, em fins de setembro de 1967.

A poesia palestina  e nascida da dor e da luta de um povo e reflete os sentimentos de injustiça e rebelião.

A poesia é o testemunho vivo de uma trágica situação pessoal e coletiva, refletindo valores de um povo.

Não podemos falar do momento atual sem refletir sobre a origem do conflito, sem ver a injustiça cometida contra um povo indefeso que nasceu, trabalhou, amou e morreu na palestina por mais de um milênio e foi desapropriado e expulso de seu país, perseguido além das fronteiras de sua pátria, que foi apagada dos mapas.